terça-feira, 11 de setembro de 2012

A origem dos Ciganos



Como vejo muitos ciganos aqui pelas ruas, resolvi pesquisar sobre suas origens.




Os Ciganos
Segundo a wikipedia, cigano vem de “roma” ( singular, rom. em portugues, Homem ) e que na teoria é um conjunto de populaçoes nomades.
Populaçoes  que constituem  de minorias etnicas em diversos paises mundo afora e sao conhecidas por diversos nomes.”Rom” foi adotado pela “Uniao Romani Internacional “ e pela ONU.
Seguindo a Wikipedia aqui na Europa eles sao subdividos em diversos grupos etnicos.
  • Rom (singular) ou roma (plural) propriamente ditos, presentes na Europa centro-oriental e, a partir do século XIX, também em outros países europeus e nas Américas;
  • Sinti, encontrados na Alemanha, bem como em áreas germanófonas da Itália e da França, onde também são chamados manoush;
  • Caló, os ciganos da península Ibérica, embora também presentes em outros países da Europa e na América, incluído o Brasil.
  • Romnichals, principalmente presentes no Reino Unido, inclusive colônias britânicas, nos Estados Unidos e na Austrália.
Além de migrarem voluntariamente, esses grupos também foram historicamente submetidos a processos de deportação, subdividindo-se vários clãs, denominados segundo antigas profissões procedência geográfica, que falam línguas ou dialetos diferentes

Origem e migrações
Os roma originaram-se de populações do noroeste do subcontinente indiano, das regiões do Punjab e do Rajastão, obrigadas a emigrar em direção ao ocidente, possivelmente em ondas, entre c. 500 e c. 1000 d.C.. Iniciaram a sua migração para a Europa e África do Norte, pelo planalto iraniano, no século XI, por volta de 1050. A saída da Índia provavelmente ocorreu no contexto das invasões do sultão Mahmud de Ghazni (região do atual Afeganistão). Mahmud fez várias incursões no norte da Índia, capturando os povos que ali viviam. Segundo o antropólogo José Pereira Bastos, professor da Universidade Nova de Lisboa, no inverno de 1019 - 1020, o sultão saqueou a cidade sagrada de Kannauj, que era então "uma das mais antigas e letradas da Índia, capturando milhares de pessoas, e vendendo-as em seguida aos persas". Estes, por sua vez, venderam os prisioneiros como escravos na Europa. No Leste Europeu, cerca de 2.300 deles foram para a zona dos principados cristãos ortodoxos da Transilvânia e da Moldávia, onde foram convertidos em escravos do príncipe, dos conventos e dos latifundiários.
Na Europa, em razão de clivagens internas e da interação com as várias populações europeias, os roma emergiram como um conjunto de grupos étnicos distintos, dentro de um conjunto maior. Alguns desses grupos foram escravizados nos Bálcãs, no território da atual Romênia, enquanto outros puderam se movimentar, espalhando-se principalmente pela Hungria, Áustria e Boêmia, chegando à Alemanha em 1417. Em 1422 chegam a Bolonha. Em 1428, já havia ciganos na França e na Suíça. Em 1500, surgiram os primeiros ciganos ingleses.


Perseguições
Durante as perseguições do século XV, contra judeus e muçulmanos, começa também a caça aos ciganos. Segundo o antropólogo José Pereira Bastos, professor da Universidade Nova de Lisboa, "eram considerados vagabundos e delinquentes. Na Alemanha e nos Países Baixos, eram exterminados a tiros por caçadores pagos por cabeça. Na Europa, o propósito de extermínio dos ciganos sempre foi muito claro".Os anos de 1555 e 1780 são particularmente marcados por atos de violência contra os ciganos, em vários países.
A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia que fossem reconhecidos como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo tenham sido qualificados como egípcios. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe no florescimento de lendas e provérbios tendendo a pôr os roma sob mau prisma, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos.Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Jesus (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação). Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos suecos e os mais pobres encontram-se nos Bálcãs e no sul da Espanha.
Embora mantendo sua identidade, em alguns aspectos os roma revelam grande capacidade de integração cultural: sempre professam a religião local dominante, da mesma forma que suas danças, músicas, narrativas e provérbios manifestam a assimilação da cultura no meio em que vivem. Sua capacidade de assimilar a música folclórica permitiu que muitas peças fossem salvas do esquecimento, principalmente as do Oeste Europeu. Excluindo as publicações soviéticas sobre o assunto, existem apenas nove livros escritos em romani.
Religião
Os roma não têm uma religião própria, um deus próprio, sacerdotes ou cultos originais. Parece singular o fato de que um povo não tenha cultivado, no decorrer dos séculos, crenças em uma divindade particular, nem mesmo primitiva, do tipo antropomórfico ou totêmico. O mundo do sobrenatural é constituído pela presença de uma força benéfica, Del ou Devél, e de uma força maléfica, Beng, contrapostas, numa espécie de zoroastrismo, provável resíduo de influências que esta crença teve sobre grupos que, em época remota, atravessaram o Irã. Ademais, as crenças ciganas incluem uma série de entidades, cuja presença se manifesta sobretudo à noite. Mas, em geral, os roma parecem ter-se adaptado, ao longo da história, às confissões vigentes nos países que os hospedaram, embora sua adesão pareça ser exterior e superficial, com maior atenção aos aspectos coreográficos das cerimônias, como as procissões e as peregrinações, próprias de uma religiosidade popular, sobretudo católica. Um sinal de mudança se dá pela difusão do movimento pentecostal, ocorrida a partir dos anos 1950, através da Missão Evangélica Cigana, surgida na França. Em seguida a isso, registram-se, todavia, profundas lacerações no interior de muitas famílias, devido às radicais mudanças de costume que a adesão a essa religião impõe, dada a natureza fundamentalista do movimento religioso em questão. Tais imposições muitas vezes acabam por induzir os roma a uma recusa de suas peculiaridades culturais.
A maioria dos roma fala algum dialeto do romani, língua muito próxima das modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão, tais como o prácrito, o marati e o punjabi.

Maiores concentrações rom no mundo

Turquia 5 000 000
Índia 2 274 000
Estados Unidos 1 000 000
Brasil 678 000 (est. do governo)
Espanha 600.000 – 800.000

Ciganos famosos

Django Reinhardt, guitarrista de jazz, considerado o pai do jazz na Europa
Mircea Lacatus, escultor cigano, formado pela Universidade Nacional de Arte, em Bucareste, Roménia.
Ceija Stojka, escritora austríaca, foi a primeira escritora de etnia cigana a escrever um livro sobre o Holocausto.
Juana Martin Manzano, designer de moda espanhola, ganhou vários prémios no mundo da moda.
George Bramwell, jornalista da British Broadcasting Corporation, escritor de livros de história natural.
Jarmila Balazova, jornalista e editora checa de etnia cigana.
Alija Krasnici, escritor da ex-Iugoslávia.
Ricardo Quaresma, futebolista português.
Zlatan Ibrahimovic, futebolista sueco.
Eugene Hütz, cantor e ator ucraniano.

 Aqui na Italia, como na Irlanda tambem, é comum ver ciganos pelas ruas. Andando aqui pelo centro de Firenze, passando pelos pontos turisticos, com tanta gente pela rua, voce avista o grupo de ciganos vindo, sempre com um copo na mao, mexendo o mesmo para fazer aquele barulho de moedas batendo no copo. Eles se concentram na maioria das vezes nos pontos turisticos da cidade.
Aonde tem mais fluxo de turistas, no intuito de pedir os seus trocados.No Brasil me lembro de estar pela praia, tomando uma cerveja e vir uma cigana pedir para ler a minha mao, aquele velho truque.
Aqui é diferente, aqui o truque é passar mostrando uma foto de uma criança deitada num leito de hospital, ou uma criança muito doente ( truque comum no Brasil tambem ). Elas passam colocam a foto na sua frente e pedem “por favor um euro”.
Tambem pedem cigarro, se veem uma pessoa fumando, o bote é certo.
Mas uma coisa eu nao entendo. Pelo menos aqui na Italia, os ciganos sao de origem Romena.Sao Romenos, ou seja, tem passaporte europeu. Mas eles nao querem trabalhar legalmente, nao querem procurar emprego, tanta gente ilegal aqui trabalhando de alguma forma, seja vendendo souvenirs ou outras coisas e eles somente pedindo dinheiro. Nao é raro voce ver uma cigana nova, mas nova mesmo, com barrigao de gravidez e com outro filho em seus braços.Eles vao para outro pais, nao trabalham, e o pior, nao aprendem a lingua. Eles moram aqui a seculos e nao falam italiano bem, apenas o basico do basico. Isso é o que mais me choca. Querer viver numa comunidade so entre eles, nas leis deles, tudo bem, mas eles estao em outro pais, devem aprender a lingua, arranjar um emprego para ganhar mais. Porem nao, é sempre a mesma historia. So gostam de ficar vagando pelas ruas pedindo cigarro e dinheiro. O Romeno que migra pra italia sofre preconceito, mais ate que brasileiro ou de outros paises fora do eixo europeu. Tudo por causa da imagem dos ciganos..
Aqui, sao chamados de “zingaro” ( cigano em italiano )
Alguns ficam isolados na rua agachados esperando alguem jogar uma moeda ( muito triste de se ver)
Outros lotam os pontos da cidade que tem fontes tipo “dos desejos “ aquelas que os turistas jogam moedas na fonte e pedem alguma coisa, os zingari (ciganos no plural, em italiano ) ficam proximos e quando a moeda é jogada, la vai ele segundos apos pegar a moeda da fonte.
Porem, viver pedindo esmola nas ruas, catando guimbas de cigarro, e sempre falando na lingua deles, nao é o estilo de vida que eu acho digamos "maneiro",nao sou ninguem para julgar, respeito a cultura deles, como qualquer outra no mundo, so acho que aquela cultura de cigano de tocar violao, musica cigana, dança e etc nao esta mais presente nos dias de hoje. Pelo menos nas ruas aqui da Italia, em que a cultura deles foi trocada pela cultura da “vagabundagem “ .
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário